quarta-feira, 7 de julho de 2021



Sobrevoo: artes plásticas e pandemia

                                                              

Abordagem comportamental e criativa do artista em tempo “pandemônico” (a grafia propositadamente errada, talvez seja um neologismo que se aplicaria melhor), foi tema de amplos estudos e exteriorização de pensadores; sugiro, exemplificando, a leitura de ARTES VISUAIS EM TEMPOS DE PANDEMIA do Professor Wilson Cardoso Junior(http://observatorioedhemfoc.hospedagemdesites.ws/observatorio/wp-content/uploads/2020/05/NVersao-Arte-em-Tempos-de-Pandemia.pdf)

Mas vamos juntos pintar um pouco este triste quadro, usando a paleta austríaca do grande Egon Schiele, vendo sua mulher grávida Edith ser atingida pela pandemia de 1918; seu quadro A Família é de forte impacto, a indiferença passa longe, assim como longe passa o Autorretrato Após a Gripe Espanhola de Edvard Munch, que se mostra amarelado e abatido em 1919: forte a similaridade fisionômica pesada e angustiante com sua famosa tela O Grito !

Dando um “refresh”, no conceito informático e da palavra de “per si”, o disputado e mais caro artista do UK David Hockney, isolado na Normandia, trata nossos dias atuais com frescor de sua abordagem jovial perto de seus 90 anos, uma leveza de quem olha a história pela íris nada “dark” , que nos sufoca atualmente. Sem abatimento criativo neste tempo de reflexão e introspecção, vejo-me alimentado: o isolamento, sem histeria, reforçou meu auto diálogo, com estranha força alimentada desde meu cordão uterino, por genes desconhecidos; no meio agreste, muita música e poucos amigos, sigo minha sanha criativa nas pinturas abstratas, sempre... sempre transpirando emoção!

Desta pandemia, restará percepção diferenciada de nós mesmos e dos que nos cercam...... ou não?!

Jorge Ismael  -   julho/21

facebook.com/JorgeIsmael.Arte


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